terça-feira, 8 de agosto de 2017

Eliziane afirma que votará contra a PEC 287 que altera o sistema previdenciário

“Para a parlamentar, a instabilidade política dificultará aprovação da Reforma da Previdência”

“Se antes de vir à tona a delação dos executivos da JBS, que atingiu diretamente o presidente Michel Temer, o governo ainda não tinha maioria para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, imagine agora”. A avaliação é da deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), que votou pela autorização para que o Supremo Tribunal Federal pudesse processar o peemedebista por corrupção passiva.
A parlamentar maranhense adiantou, nesta terça-feira (8), que votará contra a PEC 287 que altera o sistema previdenciário nacional, se a matéria for a plenário.
Desde o fim-de-semana e horas depois de o presidente se livrar, momentaneamente, do andamento do processo no STF, o Palácio do Planalto iniciou uma ofensiva na base governista para articular a aprovação da reforma até outubro de 2018.
Eliziane diz que a crise envolvendo o presidente da República dificultará a aprovação da proposta na Câmara. Para aprovar uma emenda constitucional na Casa, são necessários 308 votos.
“Antes de estourar o caso da JBS, o governo somava, somava, e não conseguia os votos suficientes para colocar a reforma da Previdência em votação. Do início do primeiro semestre para cá, o cenário piorou muito com a crise política. Além da instabilidade política, o Planalto não conseguiu fazer a lição de casa no campo orçamentário. Os gastos públicos só disparam. E não é tolerável que o trabalhador brasileiro pague a conta por este descontrole”, disse a deputada do PPS.
Em maio, quando a comissão especial aprovou o parecer da reforma da previdência, lideranças do governo na Câmara contabilizavam 255 votos a favor da matéria. Desde então, as contas não evoluíram muito.

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