Uma dos materiais usados foi a folha seca para criar pigmentos e imagens
Parte dos 26 trabalhos retratam personagens populares do passado de São Luís, como artesãos, pregoeiros, ambulantes, mendigos e capoeiristas. Há, ainda, animais, em especial pássaros, e manifestações da cultura popular como o tambor de crioula.
Técnica bordado livre também foi utilizada para compor parte dos trabalhos
Telma Lopes contou que o trabalho com as folhas secas foi resgatado depois de 2014, quando veio a São Luís para um momento muito triste, o enterro de sua mãe. “Na ocasião, uma prima minha me lembrou que, na infância, eu brincava com folhas secas e resinas de plantas, fazendo colagens. Daí, agora, aprimorei essa habilidade”.
Na mostra, Telma Lopes resgatou memórias da infância e de sua trajetória
O resgate do bordado livre também foi feito em um momento difícil de sua vida. “Eu estava com um problema grave e fui proibida por um médico de usar qualquer tipo de tinta. Naquele momento, fiquei pensando o que fazer da vida. De repente, lembrei que, quando era criança, auxiliava a minha mãe que era costureira. Assim, resolvi retornar à costura artística”, disse.
Na abertura da exposição, que integrou a solenidade de lançamento dos trailers destinados à Ouvidoria e às Promotorias Distritais, o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, saudou o trabalho da artista. “Hoje, estamos muito felizes porque temos dois eventos grandes no Ministério Público. Um deles, a bela exposição da artista Telma Lopes”, destacou.
TRAJETÓRIA
A carreira de Telma Lopes nas artes visuais foi iniciada na década de 1980, quando ingressou no Laboratório de Expressões Artísticas (Laborarte), em São Luís. Depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como pintora de arte no Núcleo de Produção Cenográfica da Rede Globo durante 20 anos.
Animais foram retratados em algumas peças
Ao longo da carreira, também participou de diversas mostras individuais e coletivas pelo país. Em 1994, foi artista expositora do XVII Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, na cidade do Porto, em Portugal. Em 1995, foi artista destaque no I Salão Nacional Zumbi dos Palmares, realizado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Recebeu dois prêmios de concursos artísticos promovidos pela Fundação Municipal de Cultura de São Luís (hoje Secult). Desde 2014, interessa-se pelo estudo do tingimento natural de tecidos e fios, uso de folhas secas na criação de obras de arte, tintas naturais, pintura em tela e tecido, além de bordado livre com linhas e miçangas.
Em 2023, participou da exposição coletiva “Entrelaços” e agora, com “Pintando e bordando”, exibe, pela segunda vez, trabalhos no Espaço de Artes Márcia Sandes.
AUTORIDADES
Autoridades participaram do dispositivo de honra
Também compuseram o dispositivo de honra da cerimônia a corregedora-geral do MPMA, Themis Pacheco de Carvalho; a ouvidora do MPMA, em exercício, Mariléa Campos dos Santos Costa; o subprocurador-geral de justiça para Assuntos Jurídicos, Danilo Castro Ferreira; o diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Ednarg Fernandes Marques; o diretor-geral da Defensoria Pública Estadual, Luís Otávio de Moraes Filho; a deputada federal Amanda Gentil; a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Tatiana Costa; o gerente jurídico da Vale no Norte e Nordeste, Rômulo Nelson Gondim; o analista ministerial e curador do Centro Cultural, Francisco Colombo.
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