A principal finalidade do Plano Diretor é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbanos, bem como a oferta dos serviços públicos essenciais
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) promoveu, na tarde desta terça-feira (29), uma reunião técnica para discutir o Plano Diretor de São Luís, que tem como objetivo orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.
A reunião é decorrente de um procedimento apuratório instaurado por representação da Comissão Pastoral da Terra - CPT, que questiona a publicidade do procedimento de revisão e o prejuízo das mudanças para as comunidades rurais de São Luís.
Participaram da reunião, coordenada pelo MPF, representantes do Instituto da Cidade, Pesquisa, Planejamento Urbano e Rural (Incid), do Governo do Estado do Maranhão, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), além de peritos e estudiosos da área.
Para o procurador da República, Alexandre Soares, a discussão do Plano Diretor de São Luís é de fundamental importância para garantia da qualidade de vida na cidade. “Essa reunião tem como objetivo tratar de pontos importantes do novo zoneamento de São Luís, permitindo a conformidade com a legislação federal e a ordem constitucional vigentes", explicou.
A reunião foi convocada após o MPF/MA receber denúncias da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre alterações no Plano Diretor de São Luís, que ainda está em fase de discussão. Segundo a denúncia, a proposta transforma maior parte das zonas rurais de São Luís em zonas industriais, e ainda ignora a proposta de criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, uma unidade de conservação federal, que aguarda apenas o decreto político presidencial para formalizar sua criação.
O MPF irá elaborar uma nota técnica sobre as modificações propostas, a serem analisadas por profissionais de diversas áreas.
Foi proposto, durante a reunião, que as audiências públicas previstas para acontecer ainda neste mês poderão ser temporariamente adiadas até que sejam esclarecidos e estudados os impactos do projeto proposto.
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