O Sindicato dos Agentes de Trânsito de Imperatriz, Sinatran, aprovou nota de repúdio contra a ação intimidatória e despreparada do subtenente da Polícia Militar do Maranhão, PM-MA, identificado por “Fernando”, que utilizou do aparato estatal (três viaturas) contra 12 agentes de trânsito que estavam em pleno serviço durante uma blitz realizada no último dia 9 (sexta-feira) na Rua Duque de Caxias, esquina com a Avenida Pedro Neiva de Santana, na Vila Lobão.
Durante a blitz, os agentes de trânsito de Imperatriz flagraram um condutor que não apresentava habilitação e a documentação de porte obrigatório, CRLV/IPVA, estavam atrasados. Diante da irregularidade, foram realizadas autuações e iniciado o procedimento para remoção do veículo para o pátio da Setran.
Quando o veículo estava prestes a ser removido, compareceu ao local da blitz o sargento da Polícia Militar, denominado “Ribeiro”, que tentou convencer os agentes a liberar a motocicleta. Tendo o pedido negado, o sargento resolveu ligar para o “oficial do dia” do 14º Batalhão da Polícia Militar, o subtenente da Rotam, Fernando.
Ao chegar à blitz, o subtenente determinou que o veículo fosse liberado, caso não o fizessem (os agentes) todos que estavam de serviço seriam abordados pela Polícia Militar, até conseguir pegar um em situação irregular. Ao ter negado a liberação da motocicleta, o subtenente Fernando, da Rotam, deixou o local e, posteriormente, retornou ao local da blitz com três viaturas e deflagrou uma abordagem policial contra a blitz da Setran.
O agente de trânsito Josué Rodrigues, da Setran, contou que de forma truculenta o oficial da ROTAM mandou colocar mãos na cabeça, pegou os blocos de autuações, como quem quisesse ver todas autuações, folheou o bloco de autuações e revistou também o veículo, e seguiu ameaçando que prenderia o coordenador da blitz, que não se encontrava no local.
O subtenente Fernando somente foi convencido a deixar os agentes de trânsito a continuarem seus serviços, depois de ter sido convencido por seus companheiros de farda. “Em nota, o Sinatran destaca que o abuso de autoridade do referido policial militar prejudica a unidade e a integração dos agentes municipais de trânsito e policiais militares, comprometendo o combate à criminalidade e prejudicando não apenas os profissionais de segurança pública, mas toda a população”, afirma.
Também condena o fato do subtenente ter movido o aparato policial e poderio bélico militar contra outra instituição –-e seus agentes--, que também detém circunscrição e poder de policiamento e fiscalização viária e, que também é integrante do Sistema de Segurança Pública, de acordo com a Emenda Constitucional nº 82, de 16 de julho de 2014.
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