segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Convívio Intercultural retoma atividades

Mario Cella, Luca Palmieri, Silvia Dino, Carlos Nina e Francesco Cerrato

O Convívio Intercultural, grupo de imigrantes e descendentes de imigrantes criado por Carlos Nina e Francesco Cerrato, voltou a reunir-se presencialmente. A reunião aconteceu na segunda semana de fevereiro, no Golden Shopping, em São Luís, e tratou do retorno das atividades externas do grupo.

Inicialmente criado como parte do Projeto Fênix, com o qual Nina incrementou as atividade do Grêmio Lítero Português, o Convívio Intercultural ganhou vida própria e, no período das dificuldades impostas pela pandemia, vinha sendo alimentado pela troca de mensagens dos participantes no grupo de WhatsApp.

PRIMEIROS PASSOS

Os primeiros passos do Convívio Intercultural foram dados por Carlos Nina e Francesco Cerrato, em reunião realizada dia 23 de outubro de 2018, na Câmara de Mediação e Arbitragem do Lítero, na sala 610 do Edifício Century, no Calhau, em São Luís, adquirida pelo Lítero, na gestão de Nina, onde funcionava a CMA-Lítero, criada também como parte do mesmo Projeto Fênix.

Dada a largada do Convívio, logo recebeu o apoio de outros imigrantes e descendentes alemães, espanhóis, italianos, libaneses, peruanos, portugueses.

O objetivo do Projeto Convívio Intercultural é “estimular a convivência dos imigrantes das diversas nacionalidades e seus descendentes, promovendo a troca de experiências culturais e a convergência que facilite a superação de diferenças que no mundo tem alimentado a discórdia e a violência”, disse Nina em notícia veiculada no Informativo Lítero em Ação, de outubro/dezembro de 2018, disponível no site do Lítero e onde há outras informações sobre o Projeto.

Nina tem dito também, quando fala do Convívio Intercultural, que sua iniciativa não foi original. Nina informa que a ideia já vinha sendo pensada por Mario Cella, que chegara a tratar do assunto com Oliveira Maia, quando este presidia o Lítero.

Francesco Cerrato e Carlos Nina na reunião em que criaram o Convívio Intercultural

SEGUNDA REUNIÃO

No final do mês seguinte à primeira reunião, dia 29 de novembro de 2018, Nina e Cerrato voltaram a reunir-se, desta vez com as presenças de Abraão Freitas Valinhas Júnior, Cônsul Honorário de Portugal no Maranhão, professor Mario Cella (Itália), a advogada Najla Buhatem Maluf (Líbano) e o também advogado Jorge Bezerra Ewerton Martins, interessado em participar do Projeto.

O grupo cresceu, mas não pode concretizar as ações inicialmente idealizadas, por causa da pandemia.

RETOMANDO OS PLANOS

No dia 11 de fevereiro de 2021, Nina reuniu-se com Francesco Cerrato, Mario Cella, Luca Palmieri (da comunidade italiana) e Silvia Dino (da comunidade libanesa) e esboçaram projetos de atuação do Convívio com outra instituições, como a Associação Maranhense de Escritores Independentes (AMEI), IMDIC (Instituto Maranhense de Direito Comparado) e Rotary Club, além de outras com as quais manterão contato.

A programação pretende a realização de eventos com a participação online de pessoas nos países cuja cultura esteja sendo tratada pelo Convívio.

Segunda reunião do Convívio, na Câmara de Mediação e Arbitragem
 do Lítero: Francesco Cerrato, Abraão Valinhas Júnior, Carlos Nina,
Mario Cella, Najla Buathem Maluf e Jorge Martins


CÔNSULES NO CONVÍVIO

Embora o Convívio Intercultural não seja composto por representantes de instituições, mas cidadãos interessados em participar do Projeto, já conta em seus membros com três cônsules honorários: Adalberto Gonçalves, do México; Abraão Freitas Valinhas Júnior, de Portugal; e Francesco Cerrato, da Itália, recentemente designado para a função. Além de Mario Cella, integrante e um dos entusiastas do Convívio, que já foi cônsul honorário da Itália em São Luís.

José Viegas e Carlos Nina

AMEI INTERCULTURAL

Em artigo recente divulgado na mídia local e web, Carlos Nina destacou o trabalho do presidente da AMEI, José Viegas, e o projeto da Associação de divulgar fora do Brasil a produção artística e literária dos maranhenses, numa atividade de mão dupla, divulgando, aqui, idêntica produção dos artistas e escritores dos países parceiros no Projeto.

“Há uma afinidade nos objetivos do Convívio Intercultural com os do IMDIC, que visa o estudo comparado de normas entre dois ou mais países, e mais ainda com os da AMEI, cujo universo é maior, como os do Convívio. Então percebemos que podemos desenvolver atividades em conjunto, numa parceria que seguramente propiciará resultados valiosas para as comunidades, individualmente e coletivamente”, disse Nina.

Segundo Carlos Nina o presidente da AMEI, José Viegas, já sinalizou positivamente sobre a possibilidade de atividades conjuntas com o Convívio Intercultural e o IMDIC. A programação dependerá de reunião que farão para planejar as ações e como viabilizá-las.

“É importante a participação da AMEI porque o Viegas é um realizador arrojado, criativo, de sucesso comprovado, apesar de todas as dificuldades que conhecemos para implementar essas atividades aqui no Maranhão. A AMEI rompeu casulos na província e agora vai abrir suas janelas para mostrar para o mundo a riqueza cultural que temos aqui e não é conhecida. Nós, do Convívio, estamos confiantes de que o resultado dessa parceria contribuirá inclusive para que as comunidades de imigrantes e seus descendentes aqui em São Luís incrementem sua organização para esse convívio saudável e harmonioso intercultural”, esclareceu Carlos Nina.

O desembargador Jorge Rachid Maluf, as advogadas Malba Maluf Batista e Najla Buhatem Maluf e a administradora Silvia Dino , também tem envidado esforços para a participação atuante da comunidade libanesa. Pablo Castro Lima (Espanha) e Lídia Pflueger (Alemanha) também integram o Convívio.

A participação das comunidades, informa Nina, “é livre, não é por representação institucional, mas pelo interesse dos próprios imigrantes ou seus descendentes dispostos a contribuir para a finalidade do Convívio. E o contato pode ser feito através de qualquer um dos participantes do projeto. O grupo visa a convivência harmoniosa, respeitando as diferenças, não comportando a discussão político-partidária, nem local nem dos países de origem dos participantes. Cuida apenas da cultura, para que possamos todos conhecer as individualidades nacionais e as diversidades culturais, da culinária aos costumes, da produção artística, música, literatura, visando a troca de informação para melhor conhecer e melhor conviver, respeitando as individualidades culturais. Um processo de enriquecimento, união e harmonia.”

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