quinta-feira, 2 de março de 2023

Sob risco de demissão, Juscelino Filho devolve ao governo custos de viagem para ir a leilão de cavalo

Ministro utilizou dinheiro do governo para permanecer em São Paulo por quatro dias, mas com agenda de trabalho em apenas dois deles. Além disso, voltou em voo da FAB irregularmente


Correndo sério risco de demissão do governo Lula (PT), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, devolveu o dinheiro das diárias recebidas de maneira irregular para participar de compromissos particulares por quatro dias em São Paulo, que envolviam, entre outros, a presença em leilões de cavalo. A informação é do Estadão.

O anúncio da devolução do dinheiro foi feito por meio de uma nota do ministro. Juscelino não afirmou, entretanto, que devolverá os custos com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que o trouxe de volta a Brasília quando não estava em serviço - fato que contraria regras sobre o uso de tais aeronaves.

O ministro admitiu que, apesar de ter ficado por quatro dias em São Paulo, sua agenda oficial de trabalho se limitou a dois dias. Segundo o Portal da Transparência, ele inclusive havia atribuído "caráter de urgência" à viagem para obter autorização do governo para viajar de jatinho, mas, na nota, disse "desconhecer o suposto 'caráter de urgência'" que havia sido denunciado primeiramente pelo Estadão.

Em relação ao uso de uma aeronave da FAB para retornar a Brasília na segunda-feira, Juscelino alegou que “retornou em voo compartilhado solicitado pelo Ministério do Trabalho” e que, desta forma, não haveria “cometimento de qualquer ilegalidade por parte do ministro das Comunicações como insistentemente alguns veículos de comunicação têm propagado”.

Ele também não esclareceu, na nota, o valor que será devolvido ao governo pelas diárias em São Paulo e acrescentou que “usufruiu, sim, do seu direito de praticar atividades de foro particular em São Paulo” e que é “inaceitável aventar qualquer prática ilegal, tampouco imoral da autoridade pública ao desfrutar do seu período de folga para participar de qualquer compromisso, no caso em questão”. (247)

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