Carlos Nina
O mês de maio é rico em datas relevantes. Para mim, a mais importante é o Dia das Mães, data em que são homenageadas aquelas que deveriam receber permanente atenção e respeito pelo que são: mães. Pequena palavra cuja responsabilidade nenhum tratado é capaz de dimensionar sua plenitude. Aliás, seria um bom desafio para aqueles que confiam na onisciência da IA, para lhes perguntar sobre o que é ser mãe e, após ler a resposta, perguntarem a si mesmos se conseguiu alcançar a dimensão da maternidade. Os poetas já tentaram de tudo. Gorki foi excepcional, nos aspectos que retratou, em sua obra A Mãe. Rinaldo Victor De Lamare, ou simplesmente De Lamare, quis ajudá-las e detalhou o seu labor diário em A Vida do Bebê, bíblia das mães que podem valer-se de recursos que vão além do próprio instinto. Mas os encargos maternos não se encerram nessa fase. São, portanto, indescritíveis, o privilégio da maternidade, a extensão (no tempo e no espaço) e a profundidade de extraordinária responsabilidade.
Originada na Grécia, pela celebração de festa em honra a Reia, mãe de Zeus, o Dia das Mães é comemorado, no Brasil, no segundo domingo de maio e teve sua primeira celebração no dia “12 de maio de 1918, por iniciativa da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. A sua oficialização, no entanto, data de 1932 pelo então presidente Getúlio Vargas.” (web) É em maio, também, o Dia (15) Internacional da Família.
Os católicos, no Dia 13 de Maio, festejam a aparição de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, aos três pastorinhos, Jacinta, Francisco e Lúcia, em 1917, na cidade de Fátima, em Portugal.
Também no dia 13 de maio é comemorado o Dia da Abolição da Escravatura. Nesse dia, em 1888, a princesa Isabel, regente do Brasil, assinou a Lei Áurea, sancionando, assim, a Lei nº 3.353, que declarou extinta a escravidão, chaga na história do Brasil e que, como parte dos vícios da natureza humana, resiste, impune.
Há outras datas significativas em maio, desde o 1º dia, quando é comemorado o Dia do Trabalhador. Como outras, a data remonta a movimento grevista nos Estados Unidos da América. No caso, em Chicago, em 1886. No Brasil, a data passou a ser feriado nacional sob a presidência de Artur Bernardes, em 1924. Mas foi Getúlio Vargas quem atribuiu relevância à data, usando-a para decisões e atos voltados para os trabalhadores. A Consolidação das Leis do Trabalho, a conhecida CLT, é um exemplo vivo dessa política. É um decreto-lei assinado pelo presidente Getúlio Vargas (e seu ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, Alexandre Marcondes Filho), dia 1º de maio de 1943.
Há outras datas comemorativas em maio, de profissões, de combates e até – pasmem – uma, no 3, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Nem dá para comemorar. Quatro dias depois, no 7, é o Dia do Silêncio. Sua motivação seria combater a poluição, mas, ao que parece, não passam de datas. Curiosamente porque uma está sendo usada para sufocar a outra.
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