A desembargadora Angela Salazar, presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJMA (CEMULHER), visitou nesta segunda-feira (20) o diretor do Fórum de São Luís, juiz Sebastião Bonfim, a quem solicitou apoio para a realização da "I Semana Estadual de Valorização da Mulher", marcada para o período de 20 a 27 de julho. A Semana inclui uma série de eventos, como seminário, exposição, caminhada e visitações em locais de afluência de público. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a violência contra a mulher.
Ao diretor do Fórum, a desembargadora solicitou a liberação da área da galeria para uma exposição, na qual serão mostradas as diversas faces da mulher sob o olhar de um artista. O juiz Sebastião Bonfim disponibilizou o auditório Desembargador José Joaquim Ramos Filgueiras, para a realização de seminário sobre a questão de gênero.
O juiz disponibilizou, também, as instalações físicas e se colocou à disposição para ajudar no que for preciso na realização do evento, que terá um painel de bonecas no setor de exposições, ofertadas pelos próprios visitantes do Fórum. “Queremos saber como as pessoas enxergam a mulher em seus diferentes ângulos”, explicou a desembargadora.
A Semana Estadual de Valorização da Mulher será aberta no dia 20 de julho. No dia 21 haverá reflexões e debates sobre o Dia da Mulher Encarcerada. No dia 22, haverá seminário sobre questões de gênero, destinado a magistrados, operadores do Direito e representantes de instituições parceiras. Entre os participantes do seminário, destaca-se a secretária de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça, Luislinda Valois, que será uma das conferencistas.
No dia 23, haverá ações nos shoppings de São Luís, desenvolvidas por magistrados, com orientações ao público e distribuição de folders e releases. Dia 24, caminhada na Avenida Litorânea, e dias 25, 26 e 27, ações específicas nas diversas comarcas, determinadas pelos próprios juízes das unidades judiciais.
A desembargadora Angela Salazar entende que é importante promover eventos que tragam à lume as questões de gênero, para que a sociedade se conscientize da necessidade de endossar a luta em defesa da mulher.
Segundo ela, a violência contra a mulher tem raízes na própria origem da sociedade, que é marcadamente patriarcal. Para ela, é importante denunciar os abusos perpetrados contra a mulher. “A Lei Maria da Penha promoveu um avanço importante neste processo, mas é preciso avançar muito mais”.
Na concepção da desembargadora, além de um problema social, a violência contra a mulher é também “uma questão de saúde”. Acompanharam a magistrada na visita ao fórum as juízas Kariny Reis (Comarca de Santa Inês), Larissa Tupinambá (Comarca de Pedreiras), Mirella Freitas (Comarca de Itapecuru Mirim) e Gisele Rondon (juíza auxiliar da Comarca da Ilha de São Luís).
Nenhum comentário:
Postar um comentário