sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Ex-estudante do IFMA vai promover cidadania digital entre maranhenses

Carlos Haidé Sousa Santos foi selecionado para Embaixador Cidadão Digital da Safernet e do Facebook. 



Com melanina e alguns poucos reais, Carlos Haidé Sousa Santos, 23, ex-estudante do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), ludovicense, virou cidadão digital.

Na verdade, o título é Embaixador Cidadão Digital, conferido pela Safernet e o Facebook, na primeira edição do Programa.

Único maranhense e um dos quatro embaixadores da região Nordeste, juntamente com outros 14 embaixadores do país, o técnico em Design de Móveis, formado no Campus Monte Castelo, tem a missão de levar ações remotas de promoção de cidadania digital e educação midiática para 30 mil alunos entre 13 a 17 anos de escolas públicas do país.

“Vou tratar de segurança digital, privacidade, prevenção e enfrentamento de violência online, relacionamentos saudáveis na rede, autocuidado e educação midiática para jovens que estão todos os dias na rede, sabendo ou não como se proteger dos perigos que o mundo online também proporciona”, informou.

Haidé concorreu com mais de 260 inscritos, seguiu para a segunda etapa de desafios, passou por seis semanas de mentorias, entre julho e agosto, muito estudo e desenvolvimento de conteúdos para as redes sociais. “Estou muito feliz”, afirmou Haidé. “É um grande projeto, inspirador de grande importância social”, enfatizou.

Ele irá receber uma bolsa de R$ 1.500,00 para seguir no programa. “Me senti vitorioso, valorizado e capaz”, desabafou. “É muito bacana se esforçar por algo que acredita e chegar lá”, comemorou

Todo o processo aconteceu durante o período de pandemia. “De repente eu que tenho a vida muito ativa me vi preso em casa por meses”. “Então me inscrevi no programa como uma forma de aprender mais e ocupar a mente nesse período”, explicou.

“A minha rotina pré-pandemia era bem cheia, estudando e estagiando na UFMA, que é bem longe da minha casa”, afirmou. “Nesse momento de isolamento é pela internet que tudo tem acontecido pra mim também, com música latina, pop, rap, séries no tempo livre e muito estudo e trabalho de forma remota, quase o dia inteiro, de segunda a sexta.


Filho de dona de casa e de um trabalhador do comércio, sempre estudou em escolas públicas do bairro onde morava. “Nem sempre era fácil ter expectativas tão altas”, afirmou. Com a família toda em casa, é um grande desafio se concentrar e conseguir continuar aprendendo nesse momento. Ele também mora com a irmã historiadora que cursa o mestrado. “Vem deles o apoio em todos esses projetos e sinto que encho eles de orgulho”, avaliou.

Carlos foi estudante do IFMA entre 2012 a 2014. “Além de estudar o ensino médio e técnico, fiz de um tudo”. Foi diretor do Grêmio Estudantil por duas gestões, competiu pela escola na natação, desenvolveu projetos, participou de olimpíadas, protestos e pesquisas. “Aproveitei tudo que o IFMA podia oferecer”, afirmou o morador do Jardim América, bairro periférico de São Luís do Maranhão.

“Foi no IFMA onde me conheci e descobri meu lugar na sociedade”, assinalou. “O IFMA é uma Instituição que impulsiona os alunos pra novas perspectivas”, celebrou. “Assim que fui selecionado já tive a vontade de levar as ações ao IFMA”, disse. “É mais do que justo voltar para escola onde tudo começou pra mim e tentar devolver um pouco do que aprendi”, pontuou.

“Vi no design um caminho pra esse futuro que eu queria ter e ainda estou em busca”, avalia Carlos Haidé que hoje cursa a graduação em Design na Universidade Federal do Maranhão.

Além do Instituto, ele já está articulando a parceria com algumas escolas da rede estadual como propósito de realizar as ações, entre setembro e dezembro, de forma remota com pelo menos 3.000 alunos do Maranhão.

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