segunda-feira, 30 de maio de 2016

Deputado Waldir Maranhão corta parte de salário de estagiários da Câmara

Protetor de Eduardo Cunha se desgata ainda mais
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, comandada interinamente pelo deputado Waldir Maranhão (PP), comunicou aos cerca de 180 estagiários de nível superior da Casa, nessa segunda-feira (30), que eles terão o salário cortado em mais de um terço. A decisão foi assinada por Maranhão e outros quatro integrantes da Mesa Diretora e pegou todos de surpresa. 
A bolsa-salário paga atualmente é de R$ 1760 e, pela decisão, passará a ser de R$ 1120. O corte abrupto foi feito sob a alegação de contenção de despesas. O ato da Mesa foi assinado no dia 24 de maio e referendado no dia seguinte pelo diretor-geral da Câmara, Rômulo de Sousa Mesquita. Ele cumpriu a decisão da Mesa de baixar portaria e determinar um novo valor da bolsa para os estagiários.
Apesar disso, privilégios concedidos a parlamentares, reformas consideradas desnecessárias e serviços completamente dispensáveis, como as toneladas de café compradas mensalmente pela Câmara, estão mantidos. Está mantida também a série de benefícios e o salário do presidente afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A terceira-secretária da Câmara, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), foi a única integrante da Mesa Diretora que não assinou o ato da Mesa. Ela sequer havia sido comunicada e, ao tomar conhecimento da decisão, disse discordar do corte de salário. 
Elayne Cristina, estagiária do curso de Jornalismo da faculdade Estácio de Sá, lamentou a decisão e disse esperar que haja bom senso por parte do presidente em exercício para que volte atrás da decisão. "A maioria de nós vive com esse dinheiro. Fazemos nossos compromissos em cima do valor que recebemos e fomos contratados para receber aquele valor de R$ 1760. Não dá para cortar assim. Nem sei o que fazer".

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