"Desastre do Petróleo no Litoral Nordestino: com foco no litoral Maranhense", esse foi o tema da primeira edição da Mesa Redonda Conecta, com o intuito de discutir os problemas ambientais advindos da poluição química que atingiu quase 100% das praias de todo o Nordeste brasileiro. O evento, realizado no Auditório da Pós-graduação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), contou com a participação de várias instituições públicas, da comunidade acadêmica e sociedade civil.
O coordenador do evento, Lucas Pires Oliveira, diretor do Grupo de Integração Científica Conecta Oceano, do departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA, enfatizou que a ideia do evento é inserir tanto a Universidade quanto a sociedade em uma discussão cuja ação viabiliza o fomento de políticas pensadas para evitar esse tipo de tragédia. “Mobilizando órgãos ambientais, governamentais e demais instituições para informar o que já foi feito e o que ainda está sendo feito em relação a essa realidade é de fundamental importância para nós, que pensamos a questão ambiental como algo maior que nosso trabalho de pesquisa acadêmica, pois é um ponto crucial para a sobrevivência do planeta e de toda a vida na Terra”, explicou.
Segundo o Capitão de Fragata Paulo Antonio Carlos, representando o comandante Dutra, da Capitania dos Portos do Maranhão, o trabalho de reconhecimento e limpeza das áreas atingidas não tem sido fácil. “Preciso afirmar que louvo a iniciativa da Universidade Federal do Maranhão. Esse evento vem ao encontro ao trabalho que temos realizado conjuntamente com os órgãos parceiros (ICMBio, IBAMA, Força Aérea e Exército Brasileiro). Infelizmente, houve o que já estávamos prevendo: o surgimento de novas manchas em razão da grande variação de maré que tivemos nos últimos dias, mas temos equipes distribuídas em vários pontos para realizar a limpeza dessas praias e reverter essa situação da melhor forma possível”, avaliou.
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