Quase três meses após o assassinato do policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, sua viúva, Joyce Brasil, segue enfrentando graves dificuldades financeiras e emocionais em Trizidela do Vale, no Maranhão. Geidson foi morto a tiros durante uma vaquejada em julho deste ano pelo prefeito de Igarapé Grande, João Vítor Xavier, que confessou o crime. O caso repercutiu nacionalmente, não apenas pela violência do homicídio, mas também pelo contraste entre a situação do acusado e a vulnerabilidade da família da vítima.

Na última semana, o prefeito obteve habeas corpus e passou a responder pelo homicídio qualificado em liberdade. Enquanto isso, Joyce ainda aguarda análise do pedido de pensão por morte, protocolado desde 30 de julho, e teve negados pedidos de alimentos provisórios. Um recurso ao Tribunal de Justiça do Maranhão também foi rejeitado. Em vídeo divulgado, a viúva relatou que a ajuda de amigos foi essencial nos primeiros meses, mas já se esgotou: “Não sei como vamos continuar. As contas estão acumulando e meus filhos sentem muito a falta do pai”.
Joyce também relatou o impacto psicológico sobre os filhos, especialmente o mais novo, de apenas nove anos, que constantemente questiona a ausência do pai. A defesa da viúva afirma que, sem o suporte financeiro do policial, a família enfrenta atrasos em contas básicas, dificuldades para alimentação e necessidade de acompanhamento psicológico contínuo para as crianças.
O caso levanta questionamentos sobre a rapidez com que a Justiça concedeu liberdade ao prefeito, em contraste com a morosidade e negativas em relação aos direitos da família da vítima. Advogados da viúva apontam que tais divergências mostram a desigualdade de tratamento entre acusados de crimes graves e suas vítimas.
Enquanto a investigação e o processo penal seguem, a família de Geidson continua lutando para garantir apoio básico e dignidade, vivendo uma realidade marcada pelo luto, insegurança financeira e ausência de amparo do Estado. ( O Informante)
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