quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

‘Os governos passam, o Iphan fica’, afirma Kátia Bogéa

Kátia Bogéa
Em novembro do ano passado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) viu-se no centro de uma polêmica que culminou com a saída de dois ministros do governo Temer. O órgão negara licença para a construção do espigão La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador. Tempos depois, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, se demitiu. E acusou o então ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo para fazer o Iphan mudar de posição. A crise de agravou, e Geddel também deixou o governo. 
— A decisão técnica prevaleceu — diz a historiadora Kátia Bogéa, sergipana de Lagarto, que serviu no órgão por 34 anos (12 deles, de 2003 a 2015, como superintendente no Maranhão), se aposentando em outubro de 2015 e assumindo sua presidência oito meses depois, em junho e 2016.
Na sexta-feira passada (13), o Iphan completou 80 anos. Criado para preservar o patrimônio do Brasil, numa época em que a onda de desenvolvimento já era vista como ameaça a conjuntos arquitetônicos importantes, o órgão teve entre seus idealizadores um grupo de intelectuais capitaneado por Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade. Para Kátia Bogéa, o Iphan se tornou um patrimônio do Brasil e é valorizado pela sociedade “por fazer muito, com muito pouco”. ( O Globo)

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