domingo, 8 de março de 2020

Oficiais de Justiça lançam livro sobre experiências no cumprimento de mandados judiciais

São muitas as histórias vivenciadas no dia a dia de um oficial de Justiça. O contato pessoal – característico dessa atividade jurídica responsável por concretizar as ordens judiciais – faz do oficial de justiça aquele que vai ao encontro do jurisdicionado com a “longa manus” (mão longa) da autoridade judicial.

Com o intuito de compartilhar relatos e casos vividos ao longo de suas carreiras, os oficiais de Justiça Nonato Reis e Jil Borges escreverem um livro narrando as diversas situações por trás do cumprimento de mandados judiciais. O livro – com o título “Ossos do Ofício” - será lançado no dia 25 de março, em São Luís, e no dia 2 de abril, no III Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça (CONOJUS), em Contagem/MG.

Nonato Reis e Jil Borges – que exercem suas atividades no Fórum de São Luís – valeram-se das experiências dos colegas de ofício, para transformarem suas histórias em 43 crônicas narradas numa linguagem simples e objetiva, que levam o leitor a visualizar as cenas descritas e até se sentir, ele próprio, personagem das histórias, a maioria delas dosadas com impagável senso de humor. Alguns textos, entretanto, assumem um tom dramático, em face do grau de exposição a que o oficial se obriga, para cumprir determinadas diligências

O livro é atualíssimo, pioneiro e com um certo ineditismo. Ao narrar as histórias por trás do cumprimento de mandados judiciais, traça um primoroso retrato do trabalho do oficial, muitas vezes tendo que atuar no limite do possível, para garantir o cumprimento das ordens judiciais e preservar a sua própria integridade física.

Nonato Reis, que também é jornalista com passagem pelos principais jornais de São Luís e também pela Folha de S. Paulo, assinala que, apesar de toda essa importância, “o oficial de justiça é um servidor solitário, que trabalha dirigindo o seu carro por ruas de difícil acesso, muitas vezes expondo a própria vida em lugares ermos de alta periculosidade”.

Jil Borges, co-autor do livro, acrescenta que, além da superexposição, o oficial também trabalha sobrecarregado, cumprindo pilhas de mandados, alguns com prazo vencendo, o que aumenta os seus níveis de estresse. “Isso faz dele um servidor com os sentidos sempre ligados, porque o menor erro pode redundar em grave ameaça de direito”, ressalta.

De acordo com o juiz de direito Marcelo Oka, que assina a orelha da obra, “o livro de Nonato Reis e Jil Borges induz a uma oportuna reflexão sobre o ambiente em que atua o oficial de justiça, cujo trabalho é indispensável para dar vida às ordens emanadas pelos juízes”.

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