Desvio dos recursos da saúde chegam à quantia de R$ 1 bilhão, segundo a Polícia Federal
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A Polícia Federal começou a ouvir nesta segunda-feira (12), os funcionários do Instituto de Desenvolvimento e Apoio ao Cidadão (IDAC) para saber como funcionava a rotina de trabalho na instituição, responsável por gerenciar os recursos públicos destinados a 6 unidades de saúde no estado.
Segundo as investigações, o esquema funcionou entre 2014 e 2017, assim como uma prorrogação do contrato com dispensa de licitação feita no fim do ano passado. O atual secretário de saúde diz que não suspeitava de qualquer irregularidade.
“A gente não tinha como detectar nenhuma irregularidade, mesmo com nosso sistema de prestação de contas, porque a fraude era sofisticada. As notas fiscais eram emitidas como se o serviço tivesse sido prestado para o IDAC e não dentro das nossas unidades hospitalares”, justificou Carlos Lula.
Na Operação Rêmora, deflagrada no ultimo dia 2, a policia constatou que parte do dinheiro não estava indo para a saúde e sim para o bolso de muita gente envolvida em um esquema de desvio de verbas. “Nós calculamos que os desvios nesses três, quatro anos de investigação, já chegam à R$ 1 bilhão, dinheiro desviado da saúde”, afirmou o delegado Alexandre Saraiva, superintendente da PF no Maranhão.
Uma auditoria realizada em 2015 revelou indícios de superfaturamento de 20 a 30% nas contas do instituto, mas apesar disso o contrato foi mantido pelo governo do Maranhão até o último dia 6, quando o caso ganhou ampla repercussão. “Essa auditoria está em curso e que poderá, provavelmente, desencadear o desdobramento de outras operações”, afirmou Francisco Alves Moreira, superintendente da Controladoria Geral da União. (G1 Maranhão)
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