sexta-feira, 7 de julho de 2017

Servidora morta pelo ex-companheiro é homenageada na Semana da Mulher

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Maranhão (CEMULHER) fez uma homenagem, nesta quinta-feira (06), à Andréa Miranda Teixeira, 36 anos, funcionária da Gestor, empresa terceirizada do Fórum Des. Sarney Costa. Ela foi assassinada há 16 dias, a golpes de facão, pelo ex-companheiro, Ivar de Matos, com quem teve duas filhas. A história de Andréa e outras vítimas de violência doméstica é contada na exposição que abriu, na manhã de hoje, a II Semana Estadual de Valorização da Mulher, no hall do Fórum de São Luís (Calhau).
Durante a abertura do evento, a presidente da CEMULHER, desembargadora Ângela Salazar, pediu um minuto de silêncio em memória de Andréa Teixeira. “É preciso enfrentar essa problemática”, disse a desembargadora, ao falar sobre a violência contra mulher. “Nenhum de nós pôde abstrair que ela precisava de ajuda”, afirmou.
Emocionada, a mãe de Andréa, Ana Paula Miranda Teixeira, fez um apelo para que outras mulheres que vivem em situação de violência doméstica não se calem e denunciem seus agressores. “Eles viveram juntos por 17 anos e durante todo esse tempo ela foi agredida, inclusive na frente das crianças e, como não conseguiu mais suportar, saiu de casa”, contou. “O marido tinha um ciúme doentio. Espero que seja punido e que outras famílias não passem pelo que estamos passando”, acrescentou. Quando foi morta, a vítima morava com a mãe e as filhas, no bairro São Francisco, em São Luís. No dia do crime, Andréa foi até a casa do ex-companheiro, no bairro Coroadinho, pegar alguns pertences.
As duas filhas do casal, de 10 e de 11 anos, a tia e a irmã da vítima, Ana das Dores e Adriana Miranda, também acompanharam a homenagem, no Fórum Des. Sarney Costa. A irmã disse que os familiares sempre aconselharam Andréa Teixeira a procurar a polícia para denunciar o companheiro. “Só ficamos sabendo agora, depois do assassinato, que uma única vez, quando o casal morava na cidade de Santa Rita-MA, minha irmã registrou um boletim de ocorrência na delegacia. Ela tinha esperança de que ele mudasse e por isso não o denunciou à Justiça”, lamenta.

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