quarta-feira, 23 de julho de 2014

Prefeitura de São Luís e professores não chegam a acordo e greve continua

Terminou sem acordo mais uma rodada de negociações entre a Prefeitura de São Luís e representantes do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal (SindEducação), mediada pelo Ministério Público do Estado (MP-MA). O secretário municipal de Educação Geraldo Castro Sobrinho disse hoje pela manhã que a proposta oferecida anteriormente foi mantida e rejeitada pela categoria.
"Mantivemos nossa proposta ontem. Em 2013, nós demos 9,5% de reajuste, mais os 3% que demos este ano para garantir a recomposição de perdas, o que nos coloca acima da inflação do período", argumentou.
Acreditamos que, dado o volume de retorno, nós não vamos precisar chegar a essa questão"
Sobrinho não descartou o corte do ponto dos professores que continuarem em greve, mas disse que não acredita que será necessário, uma vez que, segundo ele, mais de 60% das escolas municipais já teriam voltado a funcionar.
"Existe uma decisão do desembargador Guerreiro Júnior para que sejam tomadas medidas que garantam o retorno das aulas, considerando a ilegalidade do movimento. Entretanto, acreditamos que, dado o volume de retorno, nós não vamos precisar chegar a essa questão", observou.
Decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), a greve completou dois meses nessa terça-feira (22). Para Sobrinho, é preciso subtrair o período de férias desse tempo. "Na realidade, nós temos que subtrair o período de férias, o que dá 25 dias ativos de greve", explicou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que aguarda o retorno dos professores às salas de aula e confirmou que 60% das escolas estão funcionando, mas não comentou se haverá ou não corte do ponto dos trabalhadores.
O Sindicato dos Professores, através do professor Carlos Eduardo Soares negou que trabalhadores tenham voltado às salas de aula e explicou que, caso haja corte de ponto, os professores não são obrigados a repor as faltas computadas. Com isso, as crianças estão sendo prejudicadas. Esperamos que a prefeitura de São Luís e a entidade que representanta os professores resolvam esse impasse o mais breve possível.

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