terça-feira, 26 de abril de 2016

Proposta discutida por Temer é “crime” contra aposentados, diz ministro

Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência Social, critica desvinculação do reajuste de benefícios, inclusive previdenciários, do salário mínimo. Aliados do vice-presidente defendem aprovação de medida caso peemedebista assuma a Presidência

Em nota, Rossetto diz que a vinculação do reajuste aos benefícios é uma das grandes responsáveis pela retirada de famílias da linhada pobrezaO ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, classificou como um “crime” contra os aposentados a proposta de desvincular benefícios, inclusive previdenciários, dos reajustes concedidos ao salário mínimo, discutida, segundo O Estado de S.Paulo, pelo grupo do vice-presidente Michel Temer. Em nota, Rossetto disse que a vinculação do reajuste aos benefícios é uma das grandes responsáveis pela retirada de famílias da linhada pobreza. “Essa proposta é um crime contra 22 milhões de aposentados urbanos e rurais que conquistaram dignidade a partir dessa vinculação”, afirmou.
De acordo com o Estadão, para escapar de uma alta inevitável de impostos neste primeiro momento, os aliados de Temer vão insistir na aprovação dessa medida, considerada impopular mas necessária. De acordo com a reportagem, a ideia é acabar também com as vinculações constitucionais, como gastos obrigatórios com saúde e educação, que engessam o orçamento federal.
Ainda segundo o Estadão, a avaliação do grupo do peemedebista é de que esse caminho é mais viável do que a elevação de tributos num momento de recessão da economia. A avaliação entre os conselheiros do vice-presidente é de que a hora é de cortar despesas, em vez de aumentar as receitas.
Esse tipo de iniciativa é considerado uma forma de sinalizar ao mercado que um eventual governo Temer terá a preocupação em resolver a questão fiscal pela via das despesas, dentro de uma reforma mais estruturante, dos gastos da Previdência Social.
Técnicos do governo Dilma avaliam que o quadro fiscal tende a piorar porque o déficit de R$ 96,6 bilhões previstos para este ano conta com recursos que não se realizarão, como a CPMF e outras receitas extraordinárias. (Congresso em Foco)

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