terça-feira, 23 de setembro de 2014

Mulher chamada de ‘vaca’ no trabalho vai receber indenização de R$ 10 mil

O Tribunal Regional do Trabalho condenou a rede de supermercados Supermaia a pagar R$ 10 mil a uma auxiliar de tesouraria por “permitir” bullying no ambiente de trabalho. De acordo com o processo, a mulher sofria humilhações, maus-tratos e frequentemente era chamada de “vaca” pelos colegas. 
Em nota, a rede disse que não tem influência sobre os comentários tecidos pelos funcionários, mas que não é conivente com preconceito e “toma, de forma ágil, as medidas cabíveis” quando constata situações como essa. Cabe recurso à decisão.
A mulher alega que foi escrito “vaca” ao lado do nome dela no livro de pendências da empresa – onde os funcionários escreviam reclamações e pendências funcionais. O xingamento também era usado quando ela chegava ao refeitório. A mulher diz que pediu para ser transferida de unidade, mas não foi atendida.
De acordo com o juiz da 11ª Vara do Trabalho, Gilberto Augusto Leitão Martins, era evidente o desconforto sentido pela mulher. O magistrado também afirma que havia descuido da parte do supermercado com a situação.
“Compete ao empregador zelar pela integridade física e mental de seus empregados no ambiente de trabalho, devendo cuidar para que as relações interpessoais sejam respeitosas”, declarou.
“O mais grave, porém, está na forma descuidada e negligente que o gerente da loja, maior autoridade da empresa no local de trabalho, procedeu ao tomar conhecimento do fato, dizendo para autora que a ela competia tomar as providências. Que providência poderia tomar a autora? Agredir verbalmente ou fisicamente as pessoas que a chamam de ‘vaca’? Somente por aí se observa o extremo descuido com a sanidade do ambiente de trabalho”, completou o juiz. (G1 DF)

Nenhum comentário:

Postar um comentário