sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quilombolas mantêm ocupação da Ferrovia Carajás e trens da Vale seguem parados

Aproximadamente 300 quilombolas da área de Monge Belo, situada no município de Itapecuru Mirim (a 120 km de São Luís), estão ocupando a Estrada de Ferro Carajás desde a última terça-feira (23), com o objetivo de pedir a posse definitiva de suas terras. O bloqueio é no Km 80 da ferrovia, entre Itapecuru e Santa Rita. Por conta da manifestação, as operações de trens de carga e passageiros estão paradas no local.
De acordo com os manifestantes – alguns deles, amarrados aos trilhos –, o governo federal não titula áreas no estado há mais de dois anos. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), três áreas serão entregues aos remanescentes de quilombos até o fim deste ano.
Para o quilombola Givanildo Santos, que participa do protesto, a oferta do Incra não é nada favorável a eles, e por conta disso a permanência dos manifestantes no local é por tempo indeterminado. “Nós não vamos sair daqui enquanto não vier uma resposta do governo federal”.
Nove quilombolas iniciaram uma greve de fome. Uma mulher passou mal e teve de ser hospitalizada em Santa Rita.
A mineradora Vale entrou na Justiça com o pedido de reintegração de posse. A juíza estadual Edeuly Maia Silva acatou o pedido e, na quinta-feira (25), um oficial de Justiça foi até o local intimar os líderes quilombolas.

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