quinta-feira, 12 de março de 2015

Lobão repudia delação de Costa e afirma que acusações devem ser acompanhadas de provas

Em discurso no Congresso Nacional, o senador Edison Lobão repudiou, nesta quarta-feira, a inclusão do seu nome na operação lava-jato. A lista com os nomes dos políticos que serão investigados pela Polícia Federal foi divulgada na última sexta-feira, 6 de março, pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. “Sem nenhuma prova, nenhum indício, com base unicamente em controversos depoimentos colhidos em delação premiada, fui incluído, pela decisão teratológica do Procurador Geral da República, entre possíveis beneficiários da ação criminosa praticada contra a empresa”, declarou o senador.
O senador lembrou que durante o tempo que esteve à frente do Ministério de Minas e Energia, o seu relacionamento com a Petrobras foi exclusivamente institucional, sem qualquer interferência na direção, administração e negócios da empresa. “Como nunca integrei o Conselho de Administração daquela empresa, impedido que estava pela Constituição, não participava nem de sua administração nem dos seus negócios. Minha atuação, como Ministro, restringia-se à formulação das políticas públicas para o setor de petróleo e gás, definidas no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”, disse.
O ex-ministro criticou ainda o uso da delação premiada como única forma de investigação, sem as provas suficientes que sustentem as acusações. “É preocupante, senhoras e senhores, o poder que se confere, nas investigações sobre a Petrobras, ao instituto da delação premiada. Muitos, como eu, estão sendo injustamente acusados de atos que não praticaram e deverão submeter-se a um desgastante, injusto processo apenas porque um delator, para escapar dos seus crimes, mencionou os seus nomes. A prova? Isso parece pouco relevante nos procedimentos que deram origem a esse estranho, kafkiano, processo”, afirmou.

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