sábado, 21 de março de 2015

Paulo Roberto confirma doação a Roseana e diz que deu “ajuda” de R$ 1 mi a Lobão

Paulo Roberto, Lobão e Roseana
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em depoimento gravado em vídeo como parte do acordo de delação premiada fechado com a força tarefa da Operação Lava Jato, que o ex-ministro de Minas e Energia e atual senador pelo PMDB do Maranhão, Edison Lobão, lhe pediu “uma ajuda” de R$ 1 milhão, além de outros R$ 2 milhões para a campanha da então governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), em 2010.
Segundo Costa, o pedido foi feito pessoalmente pelo então ministro –ele não soube dizer se no ministério ou na casa de Lobão em Brasília. O peemedebista foi ministro de Minas e Energia de janeiro de 2008 a janeiro de 2015. Como foi eleito senador em 2010, deverá exercer o mandato no Senado pelo Maranhão até o ano de 2019.
Embora investigado em um dos inquéritos abertos no STF (Supremo Tribunal Federal) por ordem do ministro Teori Zavascki, Lobão vai presidir a Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
No depoimento em vídeo, quando indagado se Lobão lhe explicou o motivo do R$ 1 milhão, Costa respondeu: “Precisava de uma ajuda”. Costa afirmou que o pedido não foi presenciado por outra pessoa. “Obviamente que só tinha eu e ele presente, não tinha mais ninguém. Onde ele fez essa solicitação, de uma ajuda para a campanha dela [Roseana] e também uma ajuda para ele.”
Segundo o ex-diretor da Petrobras, o pagamento foi “operacionalizado” pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo Costa, Youssef depois “disse que [o pedido] foi atendido”.
Os procuradores informaram que Youssef já negara, em seu depoimento, ter recebido ordem de Costa para providenciar recursos para Roseana e Lobão. Costa ponderou: “Agora, muitos desses casos eu não tenho contraprova de que foi entregue. Se o Youssef, por alguma cargas d’água, não entregou e me falou que entregou, para mim entregou”.
Na petição em que pediu a abertura de inquérito no STF sobre Lobão e Roseana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que sobre os R$ 2 milhões, Youssef “deixou clara a possibilidade de que tenha efetivamente participado desse pagamento, tendo inclusive se recordado de uma entrega, no exato valor referido, no hotel Blue Tree da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo”. (Folha de São Paulo)

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