sexta-feira, 19 de maio de 2017

Joaquim Barbosa pede ‘renúncia imediata’ de Temer

O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa disse que “não há outra saída” após a nova crise política gerada pela divulgação da delação da JBS, que atingiu o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer” afirmou em mensagem publicada em sua conta no Twitter na madrugada desta sexta-feira (19).
Para Barbosa, que ganhou destaque ao relatar ao processo do mensalão no Supremo, “líderes políticos, empresariais, parte da mídia se incumbiram de minimizar a gravidade dos fatos”. “Nada aconteceu, não é mesmo?”, ironizou o ex-ministro.
Na tarde de ontem, Temer pronunciou-se a respeito das acusações. Ele negou que tenha sido conivente com pagamentos do empresário a Cunha e disse que não irá renunciar. “Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro”.
No Congresso Nacional, onde Temer contou com maioria para aprovar projetos como a reforma trabalhista, na Câmara, e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto de gastos, nas duas Casas, foram protocolados oito pedidos de impeachment desde a noite de quarta-feira (17).
Fator anterior - A citação a respeito da presença do presidente na lista de Fachin já deveria ter causado o afastamento de Temer do Planalto, na visão de Barbosa. Na ocasião, foi divulgado que um delator da Odebrecht afirmou que o peemedebista participou de uma reunião que abençoou propina de US$ 40 milhões. 
“Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o senhor Michel Temer usou o palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário, seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia”, comentou.
“Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do senhor Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos”, afirmou Barbosa. (Folha)

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