terça-feira, 23 de maio de 2017

Justiça determina que Oi repare muro que ameaça desabar

“Determino à ré Telemar Norte Leste S.A - Oi a imediata adoção de providências emergenciais necessárias, tendentes a eliminar os riscos à vida, à segurança e ao patrimônio dos moradores da Rua Santa Helena, bairro do João Paulo, decorrentes do processo de deterioração e desmoronamento do muro de contenção localizado na sede da Oi S.A., na Av. São Marçal, bairro João Paulo”. As palavras são do juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da capital, em Decisão Concessiva de Tutela de Urgência em Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública do Estado em desfavor da empresa.
Na decisão, o magistrado impõe ainda à Telemar a reforma das residências prejudicadas pela deterioração do muro, com a eliminação de rachaduras, infiltrações e fissuras decorrentes do problema, bem como o pagamento mensal de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) para custeio imediato de despesas de aluguel a oito moradores que tiveram as residências interditadas pela Defesa Civil. O pagamento deve se dar “até o trânsito em julgado da demanda ou até a finalização das obras que tornem seguro o retorno dos moradores a seus lares”, consta da decisão. O prazo para o depósito em Juízo da primeira parcela dos alugueis é de 48 horas a contar da intimação. A multa diária para o não cumprimento da decisão é de R$ 10 mil.
RISCO DE DESABAMENTO
De acordo com a ação da Defensoria Pública, em maio desse ano moradores da Rua Santa Helena procuraram o órgão para denunciar os sérios problemas em suas casas decorrentes das falhas na estrutura do muro de contenção da OI. Ainda conforme a ação, Relatório de Vistoria Técnica da Defesa Civil (6 e 27 de abril de 2017) e Laudo Técnico emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão – CREA-MA, apontam inúmeras falhas estruturais no muro, existência de trincas e rachaduras e deslocamento lateral do muro em cerca de 15 (quinze) centímetros, o que caracterizaria o colapso da estrutura.
Ainda segundo os documentos, as falhas ocasionaram sérios danos nos imóveis residenciais localizados nas proximidades, a exemplo de rachaduras, fissuras progressivas e infiltrações, que implicam em risco de desabamento das residências, o que levou a Defesa Civil a interditar os imóveis ameaçados.
Audiência de conciliação foi designada pelo juiz para o dia 28 de junho próximo.

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